segunda-feira, 10 de março de 2008

A mão.


Olhando a minha mão consigo ver que temos cinco dedos distintos.Cada um deles pode ter uma função diferente de outro. ás vezes um precisa do outro, de mais outro e até de todos. Alguns deles são mais representativos que outros. Uns algumas vezes esquecidos. Juntos podem fazer coiass incríveis e ás vezes sozinhos fazem muito mais. E quando estão juntos são imbátiveis e com mais outros fazem mágicas....
Mas aí por forças do destino eu perco um deles. Na hora eu choro muito, a dor é tamanha que mal cabe em mim. Não entendo por que isso aconteceu comigo. A dor de perder o que é meu... O que era meu...
Me consolo em pensar que tenho mais quatro na mão. Mesmo sabendo que esse era um dos meus preferidos. O mais importante... O meu preferido!
A princípio tento aprender a conviver sem ele. Adaptar ao novo. Ter que dar as funções que o perdido exercia aos outros quatros mesmo sabendo que nunca nem ninguém o fará. Pensando que agora meu adeus estará mais vazio. Que meu aperto de mão não será tão forte. Que minhas palavras escritas serão mais difíceis...
Mas o tempo é o senhor de tudo.
A mão acaba se acostumando a transformar dificuldade em soluções.
Eu não vivo sem ele, mas sobrevivo.
Mas um dia eu nem percebo e estou olhando novamente para aquela mão. Quando vejo estou me perguntando o que falta nela? Olho exatamente para aquele espaço vazio. Relembro de momentos nossos em que fomos felizes... Das vezes em que com ele segurei na mão de quem eu gostava... E de carinhos que fiz com a ajuda dele... Dos beijos que mandei ao ar para ir de encontro a quem mandei... Dos versos que escrevi com sua compania...
Sinto saudade...
Mas logo lembro... Ele não vai voltar... E eu nuca vou achar alguém para substitui-lo...
Talvez fosse minha culpa essa perda... Mas acho que fosse o inevitável!
Hoje carrego comigo uma mão sem um dedo, muitas lembranças dele e um desejo de não ter por muito tempo a dor dessa perda em mim.
Que o tempo me ressace em esquecimento toda essa dor que já senti e sinto pela ausência de um dedo.
_ _ _ _ _ _ _ _ _ Texto em memória de um dedo meu. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Amigos são como dedos...