quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Adeus...



Nessa semana, no dia 2, á tarde eu perdi uma amiga. Foi meu primeiro cachorro que eu realmente senti o que era ter um amigo. Foram 13 anos de amizade, brincadeiras, carinhos e principalmente lambidinhas... Lembro quando eu a vi na ninhada logo falei que ela era como minha sobrinha Marla, loira de olho azul. Eu não morava aqui no Rio, mas fiquei com o irmão dela, mas logo minha vó deu ele para outra pessoa e eu fiquei sem um lobinho... Porque era assim que ela era: Lobinha. Quando anoitecia e iamos dormir ela e a mãe dela uivavam como lobas... Era muito chato dormir com os latidos... Quando vim morar aqui no Rio com meus tios era ela minha amiga de verdade. Ela me ouvia e eu ainda ganhava uns beijinhos... Havia sinceridade naqueles olhos azuis... Quando ela teve sua primeira ninhada era a coisa mais graciosa do mundo. Um monte de ursinhos... E quando um deles caiu na piscina que ela ficou uivando para a gente salvar... Era uma delícia... Mas na segunda ninhada já não foi tao bom assim... Ela já estava velha para ter filhotes e o veterinário matou toda ninhada e ela caiu em depressão profunda... Ela parou de andar e engordou muito... Ficou obesa... Ela adorava banhos de chuva! Eu dava banho nela e era certeiro, chuvia! Ela era uma husky siberiano e sentia o calor do Rio mais que todos... O ovido dela vivia inflamado... Viviamos medicando ela por isso... Como evitar que ela brincasse na chuva? Não dava... Quantas vezes os veterianários falaram: Temos que sacrifica-la. Por causa da otite... Mas é regra aqui em casa, nenhum cachorro aqui morre por morte causada... Ela viveu 13 anos... Comendo passarinhos, haha! Bebendo água da piscina... Mas um dia ela á não mais subia no deck da piscina... Já não mais brincava... E até que não mais comeu...Eu vi minha lobinha sentindo dor, muita dor... Vi a veterinária mandando acabar com toda dieta e dar a ela o que ela quiser... Vi minha lobinha deitada sentindo dor... Muita dor... Vi ela infartando e eu não podendo fazer nada... Vi ela sofrendo... Até que como sempre faço eu rezei... Pedi a Maria... Pedi que a levasse naquela hora e que ela não mais sentisse dor... Pedi... E ela teve mais um infarto... e morreu.
De um modo estranho eu fiquei feliz... Ela não mais sofria, nem eu. Ela foi cremada e jogada suas cinzas em um jardim... O quintal hoje está mais vazio... Não há mais Lulu.
Tchau Luna!